quarta-feira, 12 de maio de 2010

Johnny and June - Filmaço sobre Johnny Cash!!!

Johnny Cash (Joaquim Phoenix) foi um dos cantores mais populares dos Estados Unidos durante os anos 60, a maioria de suas letras retratavam o cotidiano dos populares, teve grande adesão na classe operária, reflexões sobre o dia a dia dos engraxates, desempregados, prisioneiros estavam em suas canções, além desses personagens, amores errantes também se encontravam lá.


O filme, dirigido por James Mangold (Garota interrompida), tem o seu ponto de partida em meados dos anos 40, onde, ainda criança, Cash dividia a sua vida com o irmão mais velho entre pescar e trabalhar na colheita na fazenda do pai, este tinha uma relação dificílima com o filho cantor. Dura infância.

Desde criança, Johnny Cash ficava grudado ao radio, admirava June Carter (Reese Whiterspoon), que apenas com dez anos encantava ouvidos nortes americanos com sua voz e que viria a se tornar o grande amor do cantor.

O longa tem uma reviravolta, vai para os anos 50, quando Cash vai prestar o serviço militar, época em que adquiri um violão e começa a se aperfeiçoar como cantor, pois, desde criança cantarolava hinos celestiais com a mãe, daí pra frente é aquela coisa, volta do exército, casa-se, filhos, desemprego e a luta por um espaço no “Showbizz”, que já lançava nomes como Elvis, Jerry Lee Lewis e consagrava June Carter.

Johnny Cash e a sua banda conseguem o espaço almejado.

A partir daí, o filme toma um rumo interessante, onde a música fica em segundo plano e nós entramos no complexo mundo pessoal de Cash: a família, o amor a June Carter e as drogas. A conseqüência de tudo isso é a depressão e o filme entra no tema amizade, coisa delicada e comum a todos nós. Cash nunca escondera o seu amor por June a ninguém e nem a ela. E é a cantora que vai salvá-lo e devolvê-lo a música.

É impressionante a sua persistência, a forma como ela acredita na força de sua amizade com Johnny Cash, muito além de um mero flerte, é a pequena cantora, apoiada na amizade, que vai tirá-lo da fossa quase irreversível, e Reese Whiterspoon defende com dignidade a sua personagem, excelente trabalho, vencedor do Oscar, para uma atriz que vem de filmes como “Legalmente loira 1 e 2”.

Outro fator a ser percebido é o seguinte: Johnny e June eram cantores populares, freqüentavam a parada da Bilboard, mas a de se reparar no conteúdo das letras, a poesia que carregavam, tinha realidade, amor, amizade, não apelava para a baixaria como costumamos ver na música pop norte-americana atual.
 
( por Marcelo Hailer, especialmente para este Blog )

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